O SINTRAL Bahia tem desempenhado um papel ativo em suas atividades diárias de fiscalização, abordando violações dos direitos trabalhistas e garantindo o cumprimento dos acordos coletivos. Nesta quinta-feira (15), diversas empresas terceirizadas foram alvo de investigação devido a atrasos salariais e ao descumprimento dos pisos e benefícios estabelecidos nos acordos coletivos vigentes.
Entre as empresas envolvidas, destaca-se a Nautillus, onde funcionários terceirizados relataram atrasos nos salários e não conformidade com os pisos salariais estabelecidos no acordo coletivo em vigor em vários locais diferentes, como é o caso da Companhia De Processamento De Dados Do Estado Da Bahia (PRODEB).
“A união entre o sindicato e os trabalhadores terceirizados é de extrema importância para fortalecer as convenções coletivas. Somente através desta parceria podemos garantir melhores condições de trabalho e lutar pelos direitos da classe trabalhadora”, ressaltou Maurício Roxo, presidente do SINTRAL Bahia. Exemplo dessa uniao vem das denuncias de irregularidades trabalhistas contra a Nautillus em vários locais, como na Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB).
Nos Centros Sociais Urbanos foram verificados atrasos salariais e descumprimento dos pisos salariais estabelecidos nos acordos coletivos vigentes.
Na Governadoria, a empresa também está sob investigação por atrasos. Além disso, durante a produção de um vídeo para denunciar a situação dos trabalhadores terceirizados nessa unidade, o SINTRAL foi coagido a desistir do projeto, e agentes da Polícia Militar acompanharam membros do sindicato durante a saída do local.
Em duas unidades da Secretaria da Fazenda (SEFAZ), Tancredo Neves e Barros Reis, foram constatados atrasos salariais e no pagamento dos benefícios dos trabalhadores terceirizados que entraram em férias. Embora o pagamento tenha sido realizado na unidade situada no CAB, o mesmo não ocorreu nas duas unidades mencionadas anteriormente.
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) também está na mira do SINTRAL. No local, além da Nautillus, a empresa Narwal também descumpre direitos dos trabalhadores. Na unidade, o sindicato não pôde produzir mídia para documentar as condições de trabalho dos trabalhadores terceirizados. Uma clara tentativa de intimidar o trabalho sindical.
“Iremos notificar extrajudicialmente as empresas mencionadas acima, visando resolver as questões. Caso necessário, o sindicato irá tomar medidas mais firmes e entrar com denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), buscando a proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados”, acrescenta Maurício.
É fundamental que as empresas cumpram com suas obrigações trabalhistas e respeitem os acordos coletivos estabelecidos, garantindo assim condições justas e dignas para os trabalhadores. O SINTRAL Bahia permanecerá atento e vigilante em sua missão de defender os interesses da classe trabalhadora terceirizada.
